Hoje apresento a vocês mais um autor publicado pela Editora Ramos, através do COLETIVO LITERÁRIO 2020. Pedro Nilo de apenas 20 anos, estudante de medicina pela Universidade de Itaúna, estreia na literatura com um livro de poemas e afirmo que se trata de uma grande promessa para as letras itaunenses.Vocês terão a oportunidade de conhecer um pouco do autor e ler os textos de amigos elogiando os poemas publicados no livro. Prestigiem nossos talentos, curtindo, comentando, compartilhando e comprando seus livros. A literatura somente se concretiza quando um autor é lido. (Toni Ramos Gonçalves – Editor e escritor contista).

“A poesia é a “mortal beleza” (necessária) que renova o olhar para a realidade. E precisamos que, aliado ao da experiência, o olhar jovem incida sobre nossas virtudes e nossos vícios. Porque eles serão, portanto, duplamente renovados. Os poemas deste livro encontram raivosos e intimamente os velhos maus hábitos do ser humano… E também celebram, com a intensidade da descoberta dos próprios caminhos, os bons sentimentos que ainda persistem nesse mesmo ser, às vezes perdido em suas conexões com o outro. E para que lê-los? Por que nos ler sob a perspectiva do outro permite compartilhar e multiplicar as descobertas sobre nós mesmos. Viva a poesia! E estaremos, então, vivos.” (Pedro Augusto Camargos Diniz – professor de literatura).
Nesta singular coletânea de poemas, Nilo faz transbordar aos nossos olhos a sua essência e seu inconsciente de maneira magistral. De sua mente, faz surgir fragmentos de delicadezas, esperanças, belezas, indignações e espantos diante do mundo que nos cerca. De suas palavras, às vezes duras às vezes cálidas, nascem poemas que transmitem a essência de um coração puro e verdadeiro, não tolhido por regras de moralidade hipócrita, pelas quais ele demonstra especial aversão. Oscilando entre cruéis e inocentes, os poemas nos transmitem o sentimento de um compromisso de absoluta entrega à verdade, ou de busca dela. Sua obra nos convida a uma jornada tanto de fascínio quanto de angústia gerados pela busca da pura essência humana, do sentido da existência, como no poema Solitude quando diz “Calmamente, tudo parece fazer sentido/ e posso ver significados tão inequívocos/ nas mais profundas sensações daquele instante”. Estes poemas nos fazem sentir menos deuses e mais humanos.” (Charles Anacleto).
Sim, instantes de versos são também diversos. Mas o problema dessa construção é que não julgo os versos, tematicamente múltiplos, breves. Alguns me parecem até bem demorados. Basicamente, o que seu autor quis dizer a você é que se trata de uma variedade de momentos escritos em versos. Daí, De versos: Instantes. Achei que fosse o melhor modo de transmitir essa ideia. Pode ser também que tenha me faltado qualquer outra criatividade mais prática. Assim como, em relação a perspectivas ópticas, um simples ponto pode ser um núcleo atômico, uma célula, uma pessoa, uma cidade, um continente, um planeta, uma estrela, galáxia ou até um buraco negro; a vida toda também não é nada mais que um encadeamento de instantes. Todos eles são emoções após emoções, conectados sim, não nego, mas também potentes demais para serem dependentes uns dos outros. Cada instante é intenso o suficiente. Se a intensidade é boa, esse momento deixará saudade em nós. Mas se é ruim, parece não passar nunca! Momentos existem e a realidade sentimental se resume a esses pequenos pontos infinitamente grandes de sensações. (Apresentação do livro por Pedro Nilo).

VÁCUO POÉTICO – (poema de Pedro Nilo)
E se, ao fim da folha
ainda resta espaço à criação,
que dirá o poeta?
Que espaço vazio é tempo desocupado
por letras apagadas que ainda acenderão…
Pedro Nilo Vilaça e Silva, natural de Itaúna, MG, tem apenas 20 anos e é apaixonado por artes e literatura. Desde criança gostava de criar e tentava escrever suas próprias histórias. Formou bandas com amigos durante a juventude, tendo papel importante como letrista. Aos 17 anos, iniciou os estudos em Medicina, mas continuou sua produção literária, até então, escondida dos olhos da grande maioria das pessoas. Agora, em “De versos: Instantes”, seu livro de estreia, Pedro finalmente exterioriza suas criações.